Infeção Hospitalar/Esterilização
USO DE EPI
ESTERILIZAÇÃO
É o processo pelo qual são destruídos todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporulados), utilizado no tratamento de artigos críticos mediante a aplicação de agentes físicos e químicos
ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS EM PRODUTO QUÍMICO
O uso de produtos químicos para a esterilização de artigos e instrumentais deve ser feito quando estes não puderem ser esterilizados pelos métodos físicos.
Ao se fazer a escolha de um determinado produto químico, deve-se observar que este tenha as seguintes propriedades:
- Destruir os microorganismos em todas as suas formas (vegetativas e esporuladas), em temperatura ambiente;
- Ser estável, quando em solução por tempo prolongado;
- Não ser irritante e tóxico para os tecidos humanos;
- Não ser corrosivos para os metais e não alterar materiais de borracha e plástico.
São imprescindíveis algumas condições para eficácia da esterilização ou desinfecção por agentes químicos, como:
- Limpeza e secagem prévia dos materiais ou artigos a serem submetidos ao processo de esterilização ou desinfecção por agentes químicos;
- Submersão total dos artigos na solução. É fundamental que este recipiente seja mantido tampado durante o tempo exigido perante o processamento dos materiais e a validade do produto;
- Tempo de contato ou exposição do artigo a solução - esterilização = 8 a 10 h e desinfecção = 45 minutos;
- Os recipientes com as soluções químicas dever sr mantidos à temperatura ambiente e em local bem ventilado.
A retirada dos materiais da solução deve ser feita com técnica asséptica, após o que devem ser realizados vários enxágües com água esterilizada, para remover os resíduos do produto químico. Enxuga-los, usando compressas esterilizadas ou ar comprimido e acondiciona-los em invólucro estéreis, encaminhando-os ao uso imediato.
Segundo o Ministério da Saúde, os aldeídos são os principais ativos que possuem ação esporicida, garantindo a esterilização dos artigos.
São: gluteraldeído e formaldeído.
DESINFECÇÃO: classificação |
MÉTODOS E SOLUÇÕES GERMICIDAS |
Desinfecção de baixo nível: são destruídas as bactérias em forma vegetativa, alguns vírus e alguns fungos. O Mycobacterium tuberculosis, os esporos bacterianos ,o vírus da Hepatite B (HBV) e os vírus lentos sobrevivem. |
Álcool etílico e isopropílico |
Desinfecção de médio nível: além dos microorganismos destruídos na desinfecção de baixo nível são atingidos o Mycobacterium tuberculosis, a maioria dos vírus (inclusive o HBV)e a maioria dos fungos. Ainda sobrevivem os Mycobacterium intracelulare, os esporos bacterianos e os vírus lentos. |
Álcool etílico e isopropílico (70 a 90%) |
Desinfecção de alto nível: resistem apenas alguns tipos de esporos bacterianos mais resistentes e os vírus lentos. |
- Glutaraldeído |
Não definido: o nível de desinfecção dependerá das variáveis como temperatura e/ou concentração de germicidas adicionados no processo.. |
-calor seco (passar a ferro) |
Disponível apenas como anti-séptico. Não disponível como desinfetante no mercado nacional.
Obs: algumas das soluções germicidas são classificadas de alto, médio ou de baixo nível dependendo do tempo de exposição.
Limpeza e desinfecção combinadas |
-máquinas de lavar louça, roupa etc. com água quente 60 a 90 graus e/ou soluções germicidas -máquinas de limpeza com jatos de vapor |
CARACTERÍSTICAS IDEAIS DE UM DESINFETANTE
- amplo espectro;
- ação rápida;
- não ser afetado por fatores ambientais (ex: luz);
- deve ser ativo na presença de matéria orgânica;
- ser compatível com sabões, detergentes e outros produtos químicos;
- atóxico (não deve ser irritante para o usuário);
- compatível com diversos tipos de materiais (não corrosivo em superfícies metálicas e não deve causar deterioração de borrachas, plásticos e outros materiais);
- efeito residual na superfície ;
- fácil manuseio;
- inodoro ou de odor agradável;
- econômico;
- solúvel em água;
- estável em concentração original ou diluído;
- não poluente.
SOLUÇÕES E SUA TOXIDADE RELATIVA AO AMBIENTE[4]
BAIXA |
ALTA |
OXIDANTES (EX:ÁC peracético) | COMPOSTOS DE QUATERNÁRIO DE AMÔNIA |
ÁLCOOL | FENÓLICOS |
ÁCIDOS ORGÂNICOS | HIPOCLORITO DE SÓDIO |
ALDEÍDOS | BIGUANIDAS |
GLUTERALDEÍDO
O gluteraldeído é um dialdeído saturado,m cujo mecanismo de ação se dá pela reticulação das proteínas celulares, alterando suas funções.
Quanto à concentração, é apresentado em solução aquosa a 2%.
Esta solução possui pH ácido e neutro. Após a ativação, a validade da solução é de 14 a 28 dias.
Este agente apresenta uma série de vantagens, tais como: agir na presença de matéria orgânica, não corroer o material, não alterar os equipamentos de borracha e plásticos, e não danificar lentes de equipamentos.
Porém, é um produto irritante para olhos e vias respiratórias na concentração acima de 0,2 ppm no ambiente. É também irritante da mucosa e pele, podendo até provocar queimaduras químicas. Por isso, todo material que entra em contato direto com a pele e mucosa deve ser exaustivamente enxaguado.
OBS: este produto esta sendo desaconselhável pela ANVISA, no entanto ha hospitais que ainda o utilizam
ESTERILIZAÇÃO EM GLUTERALDEÍDO
É o processo de esterilização realizado através da imersão dos artigos em solução de gluteraldeído a 2%.
Artigos a serem submetidos:
- instrumentos metálicos;
- tubos de borracha, silicone, nylon, teflon ou PVC;
- componentes metálicos de endoscópios de alto risco (laparoscópio, ventriculoscópio, artroscópio, cistoscópio
Recomendações de uso:
a) Quanto aos artigos:
· Obter informações junto ao fabricante do artigo, para saber se o mesmo pode ser processado em gluteraldeído
· Materiais demasiadamente porosos como os látex podem reter o gluteraldeído, caso não haja bom enxágüe;
· Não misturar artigos de metais diferentes, pois pode haver corrosão eletrolítica se houver contato entre eles.
b) Quanto ao processo:
· Os gluteraldeído alcalinos ou neutros são menos corrosivos que os ácidos;
· Ativar os produto e/ou verificar se está dentro do prazo de validade para a utilização;
· Usar a solução em recipientes de vidro ou plástico, preferivelmente;
· Quando utilizar caixa metálica, proteger o fundo da mesma com compressa, evitando o contato com os artigos a serem processados;
· Manter os recipientes tampados.
c) Quanto à validade da solução ativada em uso:
· Não deixar a solução em temperatura superior a 25ºC;
· Observar a realidade da solução de repetidos usos, por meio de fitas-teste, "kit" líquido ou similares. Utilizar teste específico para cada formulação. Os melhores testes são aqueles que dão como resultado uma concentração de até 1% de gluteraldeído;
· Na impossibilidade de fazer testes, observar o aspecto da solução quanto à presença de depósitos e quanto à alteração da coloração e pH. Nesta situação, descartar a solução, mesmo dentro do prazo de validade estipulado pelos fabricantes.
ROTINA PARA O PREPARO DO ARTIGO A SER ESTERILIZADO EM GLUTERALDEÍDO
- Desarticular os artigos termosensíveis que serão esterilizados
- Imergir os artigos em solução enzimática por 3 mim. Ou de acordo com informação do fabricante
- Lavar os artigos em água corrente, sabão e escova
- Após lavar, enxaguar em água corrente
- Secar o artigo em ar comprimido ou compressa estéril
- Preparar o recipiente para receber solução de gluteraldeído; (forrar o fundo da caixa metálica com compressa estéril)
- Colocar máscara e luvas estéreis para imergir os artigos em técnica asséptica em solução de gluteraldeído
- Preencher o interior das tubulações e reentrâncias com o auxílio de seringa se necessário, evitando formação de bolhas de ar
- Fechar a caixa metálica, esperando o tempo de exposição indicado, sendo 45' para desinfecção e 8 a 10 h para esterilização. Obs: cobrir material imerso com compressa estéril
- Fazer um rótulo colocando o que é, o que colocou e sua validade e pregar na tampa da caixa
- Terminando o tempo de imersão desejado, retira o artigo da caixa em técnica asséptica utilizando máscara e luvas estéreis
- Enxaguar o artigo, inclusive o interior das tubulações, com água esterilizada e técnica asséptica. É recomendado múltiplos enxágües para eliminar os resíduos do produto
- Secar externamente os artigos, com técnica asséptica, compressa estéril ou ar comprimido
- Acondicionar o artigo processado em recipiente ou invólucro adequado e estéril e destinar ao uso imediato.
Observação:
- O enxágüe e a secagem estéreis são obrigatórios
- Os artigos devem ser esterilizados imediatamente após o uso e não podem ser estocados, mesmo em recipientes estéreis sob risco de contaminação do material
- Deve-se ter cuidado ao manusear a solução, pois se cair uma gota sequer de água a solução perde sua valia
- A solução tem validade de 14 a 28 dias
- Observar odor, cor, cheiro e presença de resíduos
- É preferível o uso de caixa plástica no acondicionamento dos artigos, mas na ausência desta pode-se usar caixa metálica
- Antes de manipular os artigos deve-se enxaguar as luvas estéreis em água destilada ou soro fisiológico
- O primeiro artigo a ser utilizado no dia deve ser esterilizado
DESINFECÇÃO
É o processo físico ou químico que destrói todos os microorganismos, exceto os esporulados.
Existem três tipos de desinfecção:
a) Desinfecção Alto Nível - quando os desinfetantes são eficazes contra todas as formas vegetativas, destroem uma parte dos esporos quando utilizados entre 10 e 30 minutos. Ex: material de inaloterapia e oxigenoterapia.
b) Desinfecção Médio Nível - quando os desinfetantes não destroem esporos, tem ação sobre o bacilo da tuberculose, ampla ação sobre vírus e fungos, mas não destroem, obrigatoriamente, todos eles.
c) Desinfecção Baixo Nível - quando os desinfetantes têm atividade contra bactérias vegetativas, mas não destroem esporos. Ex: Colchões, mesas, etc.
DESINFECÇÃO POR MEIO QUÍMICO LÍQUIDO
- Imergir o artigo em solução desinfetante recomendada ou realizar fricção com pano embebido. Na impossibilidade de imersão:
- Utilizar EPI e, no manuseio de produtos garantir farta ventilação do local;
- Preencher o interior das tubulações e reentrâncias, evitando formação de bolhas de ar;
- Observar e respeitar o tempo de exposição ao produto, de acordo com o recomendado para cada tipo;
- Manter recipientes tampados durante o processo dos artigos e a realidade do produto;
- Enxaguar artigos submetidos aos produtos, inclusive o interior das tubulações, com água potável ou água esterilizada de acordo com a criticidade dos artigos.
HIPOCLORITO DE SÓDIO
Indicações de Uso:
· Desinfecção de nível médio de artigos e superfícies;
· Descontaminação de superfícies;
Tempo de Exposição para:
- Desinfecção de superfícies da unidade de diálise, hemodiálise, banco de sangue, laboratórios e qualquer superfície contaminada = 10 minutos, com 1% de cloro ativo.
- Desinfecção de lactários, cozinhas, depósitos de água, bebedouros, material de inaloterapia e oxigenoterapia não-metálicos = 60 minutos, em 0,02% de cloro ativo.
- Descontaminação d superfícies = 10 minutos, em 1% de cloro ativo.
Recomendações de uso:
- O uso deste produto é limitado pela presença de matéria orgânica, capacidade corrosiva e descolorante;
- Quando preparado pela farmácia do hospital, deve possuir técnica de preparo escrita. Deve ser efetuado o controle da qualidade da matéria-prima e da solução;
- Quando adquirido externamente, deve estar assegurada a qualidade do produto.
- Os artigos submetidos até a concentração de 0,02% não necessitam de enxágüe.
- As soluções devem ser estocadas em lugares fechados, frescos, escuros (frascos opacos);
- Não utilizar em metais e mármores pela ação corrosiva.
HIPOCLORITO DE SÓDIO
- Aplicação: quanto maior a concentração e/ou o tempo maior o espectro de ação, podendo ser utilizado como desinfetante de baixo a alto nível.
- Espectro de ação: tem amplo espectro de ação, chegando a ter ação sobre esporos de B. subtillis. Atua a concentrações tão baixas como 25 ppm para microorganismos mais sensíveis. Mais usualmente utilizada em concentração de 1000 ppm.
- Características: é o desinfetante mais amplamente utilizado. Apresenta ação rápida e baixo custo. Bastante instável e inativado por matéria orgânica.
- É considerado como prejudicial ao ambiente.
- Compatibilidade com materiais: é bastante corrosivo, principalmente de metais e tecidos de algodão e sintéticos.
- Aplicação: dependerá da concentração. Basicamente utilizado em superfícies fixas. Embora possua algumas recomendações para materiais de terapia respiratória os resíduos de cloro, principalmente com o uso prolongado se tornam impedimento. Altamente utilizado e recomendado para tratamento de tanques e tratamento de água.
Ação do Hipoclorito de sódio:
- 0,15 a 0,25 ppm ( 0,000015%) elimina bactérias vegetativas em 30 segundos;
- 100 ppm ( 0,01 %) elimina fungos em menos de 1 hora;
- 200 ppm ( 0,02 %) elimina 25 tipos diferentes de vírus em menos de 10 minutos;
- 100 ppm ( 0,01 % ) elimina 107 de S. aureus e P. aeruginosa em menos de 10 minutos.
- 500 ppm (0,05%) elimina 106 de HBV, em 10 minutos, 20°C.
- 50 ppm (0,005%) elimina 105 de HIV, em 10 minutos, 25°C.
10ppm=1:5000; 50ppm=1:1000; 100ppm=1:500;
500ppm=1:100; 1000ppm=1:50; 5000ppm= 1:10
Uma alternativa ao Hipoclorito de Sódio é o Dicloroisocianureto de Sódio. A apresentação pode ser em flocos e é mais estável. A solução deste composto tem maior ação germicida que o Hipoclorito na mesma concentração.
ROTINA DE DESINFECÇÃO DE ARTIGOS EM HIPOCLORITO DE SÓDIO
- Desarticular os materiais termosensíveis que passarão pela desinfecção;
- Imergir os artigos em solução enzimática por 3 minutos, ou de acordo com recomendações do fabricante;
- Lavar os materiais em água corrente com sabão e escova
- Após lavar, enxaguar em água corrente
- Secar os artigos em ar comprimido ou compressa estéril
- Colocar máscaras e luvas para imergir os artigos na solução de hipoclorito de sódio
- Preencher o interior das tubulações e reentrâncias
- Fechar o recipiente onde os artigos estão imersos, respeitando o tempo de exposição indicado, sendo 30 minutos para concentração de 1% e 60 minutos para concentração de 0,02%
- Terminando o tempo de imersão desejado, retirar o artigo do recipiente em técnica asséptica utilizando máscaras e luvas estéreis
- Enxaguar os artigos imersos na concentração de 1% em água estéril
- Secar os artigos em ar comprimido ou compressa estéril
- Acondicionar o material processado em recipiente ou invólucro adequado e estocar em local limpo, seco e fechado
Observação:
· Na falta de água destilada, os artigos podem ser enxaguados com soro fisiológico
A prescricao medica parra banho de permanganato e feita em proporcao: Ex. 1:20.000, 1:30.000 ou 1:40.000. Quando a prescricao do banho de permanganato esta 1:20.000, isto quer dizer que um grama ou 1.000 mg de permanganato deve ser diluida em 20.000 ml ou seja 20 litros de agua.
Cabe a enfermagem calcular a quantidade necessaria de KMNO4 para o banho e prepara-lo.
Ex. 01 - Banho de permanganato a 1:20.000. Quantidade necessaria para o banho e de 3.000 ml ( 3 litros). Assim, a enfermagem ira preparar somente 3 litros da proporcao prescrita.
Para isto, empregara a regra de tres simples.
1000 mg (1gr) 20.000 ml 1000 x 3000 20.000 = 150 mg
X 3.000 ml
Sendo assim vais precisar de 150 mg de KMNO4 para preparar os 03 litros da solucao.
O KMNO4 e apresentado comercialmente em forma de comprimido de 100 mg ou de 50 mg, ou ainda em po em envelopes de 100 mg.
Se vai necessitar de 150 mg para preparar a solucao prescrita, resta saber quantos comprimidos ou que porcao do po ira utilizar.
Supondo que o comprimido seja de 100 mg
1comp. 100 mg 1 x 150 100 = 1,5 comprimido
X 150 mg
Se o comprimido for de 50 mg e claro que serao empregados 03 comprimidos.
O envelope contem 100 mg de po, logo sera utilizado um envelope e meio.
Como e dificil tirar exatamente a metade do po deste envelope, utiliza-se novamente a regra de tres, fazendo uma solucao com 100 mg do envelope e retira a metade desta solucao (solucao em 10 ml agua).
100 mg 10 ml 10 x 50 100 = 5 ml
50 mg X
Logo ira fazer a solucao com um envelope mais 5 ml de KMNO4 em 03 litros de agua.
Obs: A solucao de permanganato nao devera ficar expostas a luz solar, pois e alterada. A validade da solucao preparada e de 12 horas.
COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES TIPOS DE SOLUÇÕES GERMICIDAS DE ALTO NÍVEL DE DESINFECÇÃO
Peróxido de Hidrogênio | Ácido peracético | Glutaraldeído | Peróxido de Hidrogênio+ Ácido Peracético | Orthophtalaldeído** | |
Desinf.alto nível | 30’-20oC |
Não avaliado |
20/90’-20/25oC | 25’-20oC | 10’-20o.C |
Esterilizante | 6h-20oC /20’-50oc | 30’-50oC | 10h-20/25oC | 8h-20o C | 10h-25o.C |
Ativação | Não | Não | Sim (alcalina) | Não | Não |
Reuno | 21 DIAS | Uso único | 14-30 DIAS | 14 DIAS | 21 DIAS |
Estabilidade | 2 ANOS | 6MESES | 2 ANOS | 2 ANOS | 2 ANOS |
Restrição ao desprezo | Não |
NÃO |
SIM | NÃO | SIM |
BOA | SATISFATÓRIA | EXCELENTE | SATISFATÓRIA | EXCELENTE | |
Compatibilidade c/ materiais | SIM (6%) | NÃO | SIM(1,5ou mais) | SIM-500ppm AP | SIM (0,3%) |
Monitorização de concentração Segurança | OLHOS | OLHOS/PELE | RESPIRATÓR | OLHOS | OLHOS/PELE |
Processo | MANUAL/ AUTO | AUTOM | MANUAL/ AUTO | MANUAL/ AUTO | MANUAL/ AUTO |
Resist.matéria Orgânica | SIM | SIM | SIM | SIM | SIM |
Nome comerc. | SPOROX® ** | STERIS 20®**, | CIDEX®, GLUTACIDE®, GLUTAREX®, GLUTALABOR® |
STERILIFE®, CIDEX PA®**
|
CIDEX OPA®** |
Limite expos. | 1ppm | NENHUMA | 0,05 ppm | 1ppm (PH) | NENHUMA |
Custo nos EUA em dólares |
24,99/GAL (0,40 Manual; 2,38 Autom) |
(0,25 Manual; 1,49 Autom) | (0,45 Manual; 2,68 Autom) | Sem dados |
PERGUNTAS FREQUENTES:
Quais são os produtos mais indicados para ser utilizado em ambulância UTI? |
Os produtos para desinfecção são os indicados pela Portaria 15, de 23 de agosto de 1988, que você poderá encontrar no site da Anvisa. Você também pode consultar o manual - Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde - Ministério da Saúde, 1994. Mas de qualquer forma a limpeza e desinfecção é a mesma para qualquer estabelecimento de saúde. Passe o desinfetante que você escolher apenas no local que houver presença de secreção e depois lave com água e sabão. Faça limpeza diária, com água e sabão, em toda a UTI e desinfecção semanalmente. (pnra) |
omo são as escovas para limpeza das mãos e produtos para desinfecção e limpeza de salas de cirurgia? |
A escovação deverá ser feita com escovas de cerdas macias e descartáveis. Inclusive já temos disponíveis no mercado, escovas impregnadas com PVPI. As esponjas são indicadas apenas para lavagem de material. Os produtos para limpeza e desinfecção de sala cirúrgica, assim como de qualquer local dos serviços de saúde, são os indicados pela Portaria 15, de 23 de agosto de 1988. Cada hospital escolhe o que é mais indicado para a sua flora. Não existe o melhor para ser indicado para todos os hospitais. Não existe esterilização de ambiente ou sala cirúrgica e sim limpeza e desinfecção.(pnra) |
Preciso de informações sobre a necessidade real da utilização do produto fenol sintético para o meio hospitalar. |
De acordo com o manual do MS, 1994, "Processamento de Artigos e Superfícies", o Fenol Sintético pode ser indicado nas seguintes situações: - desinfecção de nível médio ou intermediário e baixo; - descontaminação de superfícies do hospital e de artigos metálicos e de vidro. Recomendações de Uso: - não é recomendado para artigos que entram em contato com o trato respiratório, alimentos, berçários, nem objetos de látex, acrílico e borrachas; - o produto deve ser diluído pela farmácia, conforme formulação adquirida; - os fenóis não são prontamente neutralizados pela matéria orgânica; - são absorvidos por materiais porosos e o efeito residual pode causar irritação tecidual; - friccionar a superfície ou objeto imergido com escova, esponja, etc., antes de iniciar a contagem para o tempo de exposição; - em superfícies, passar pano úmido com água após o tempo de exposição necessário; - secar a superfície desinfetada. De acordo com recomendações do livro "Infecções Hospitalares e Suas Interfaces na Área da Saúde", 2000, de Antônio Tadeu, "ao manipular a solução, devem ser tomados os cuidados de utilizar avental impermeável, luvas de borracha, óculos protetores e máscaras". |
Preciso de informação sobre o uso de soluções antissépticas (3 tipos de soluções), luva química e uso de sapatilhas. |
Os anti-sépticos degermantes, com boa ação germicida e efeito residual, podem ajudar a manter uma baixa contagem microbiana e os mais indicados são: os iodóforos e a clorexidina. Contudo não temos estudo comparando taxas de infecção do sítio cirúrgico, quando diferentes anti-sépticos degermantes são utilizados. Alguns estudos microbiológicos demonstram que a clorexidina degermante é superior aos iodóforos. Atenção deve ser dada à técnica de preparo pré-operatório das mãos, assim como do campo operatório. Pode-se aplicar, após o preparo pré-operatório das mãos, solução alcóolicca do mesmo anti-séptico. Atualmente consideramos inaceitável a antiga prática de bacias contendo álcool nas portas das salas cirúrgicas. Como já foi citado, para a anti-sepsia deve-se escolher um anti-séptico com comprovada ação microbicida, de ação rápida e com efeito residual (iodóforos e clorexidina são os mais indicados). Lave o campo operatório com esponja ou compressa estéril utilizando a solução anti-séptica degermante. Enxágüe com água estéril e seque com compressa, também estéril. Aplique anti-séptico, em veículo alcóolico, do centro para a periferia deixando a solução secar sobre a pele. Não aplicar éter ou álcool no campo operatório pois remove grande parte do anti-séptico, prejudicando o seu efeito residual. Quando o campo operatório envolver mucosas, como nas cirurgias em gentália, entre outras, usar anti-séptico em veículo aquoso e, nestes casos, a solução aquosa de iodóforos tem boa indicação. Em áreas queimadas, fazer preparo apenas com irrigação de solução fisiológica. A Clorexidina aquosa também tem apresentado baixa toxicidade para este fim. Portanto, a anti-sepsia depende da pele ou do local cirúrgico. As sapatilhas deverão ser de uso exclusivo em bloco cirúrgico, devendo ser retiradas quando o funcionário deixar o setor. |
Para a nebulização, o que deve ser usado: hipoclorito a 0,02% ou a 1%? |
Para a desinfecção de máscaras de nebulização é recomendado hipoclorito a 0,5% . O hipoclorito a 1% é indicado para limpeza de superfícies. Para outras informações consulte o Manual de Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde - MS 1993 , que pode ser encontrado na Secretaria Estadual de Saúde ou bibliotecas da área saúde. (pnra) |
Necessito de informações sobre como deve ser feita a limpeza correta de leitos em hospitais. |
De acordo com o manual do Ministério da Saúde, "Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde", as camas devem ser limpas com álcool a 70%, após o uso. (pncs) |
Qual a indicação e utilização do Hipoclorito de Sódio a 1%? |
Hipoclorito de Sódio a 1% corresponde a 10.000 ppm (concentração de cloro livre). Como desvantagem, apresenta cheiro forte, é corrosivo, é instável e necessita de limpeza prévia do material para que sua ação não seja prejudicada pelo resíduo orgânico. Como vantagem, é barato e tem ação rápida. É indicado para desinfecção de superfícies em unidade de hemodiálise, banco de sangue e qualquer superfície contaminada. Deixando agir por 10 minutos. Não utilizar em metais e mármore, pela ação corrosiva. |
Como proceder na desinfecção de alto nível nos circuitos de respiradores? |
Indicamos o Hipoclorito de Sódio na concentração de 0,5% e tempo de contato de 60 minutos para material de inaloterapia e oxigenoterapia. (pnja) |
Qual é a real vantagem do éter nos casos de desinfecção, ao invés de utilizarmos o álcool a 70%? |
O éter tem uma ação antibacteriana inferior a do álcool, sendo mais agressivo para a pele, provocando ressecamento e esfoliação. O que está preconizado no manual do MS, 1994, "Processamento de Artigos e Superfícies", como desinfetante hospitalar, é o álcool. (Referência: Fernandes, Antonio Tadeu - Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde, Ed. Atheneu). (pnja) |
que a Anvisa preconiza para preparo de pele de pacientes alérgicos ao Iodo? |
Informo que o preconizado para preparo de pele de pacientes ou funcionários alérgicos ao iodo seria solução de clorexidine degermante de 2% a 4%, sendo que a 2% a efetividade é menor, e portanto o mais indicado seria clorexidine degermante a 4%. (Ref.Bibliográfica: Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH) - Limpeza, Desinfecção de Artigos e Áreas Hospitalares e Anti-sepsia,1999, p.47) (pnja, ra) |
Como é a desinfecção e esterilização dos oscópios? |
A desinfecção será de alto nível. Primeiro será feita a limpeza do material com água e sabão e em seguida a desinfecção através da imersão em Glutaraldeído por 30 minutos. |
Gostaria de obter informações sobre desinfecção e/ou esterilização de nasofibroscópio. |
Gostaria que você entrasse novamente em contato com o representante da FUGINON para o seguinte questionamento: - os endoscópios, de um modo geral, necessitam ser submetidos à desinfecção de alto nível. Qual o motivo pelo qual o produto dele tem que ser submetido a esterilização? E por ETO? - o processo de esterilização pelo ETO dura 8 horas na máquina e mais 24 horas para aeração. Portanto você só poderá fazer um exame, praticamente, a cada 48 horas; - a solução, normalmente, indicada para a desinfecção de alto nível é o Glutaraldeído com imersão do material por 30 minutos; - hoje, existe no mercado o Ácido Peracético que faz desinfecção em 10 minutos. Por outro lado os fibroscópios têm válvulas e partes metálicas que não sabemos se são de ácido inoxidável e se podem ser submetidos ao Ácido Peracético. É importante conhecer todas as particularidades de um equipamento antes de adquirí-lo, evitando assim, aborrecimentos futuros. Se o fabricante provar que o material não pode ser submetido à desinfecção então, realmente você terá que utilizá-lo apenas após esterilização. |
ual a proporção de cloro a ser utilizado, por litro de água, para limpeza? Como devo proceder, sendo que varia em torno de 10.000 litros e não quero desprezar toda essa água? |
Deve ser adicionado 1 litro de água Sanitária para cada 1.000 litros de água da sua caixa. Deixe descançar por 02 horas sem usar a água. Lave também a tampa. Após tudo isto, abra a saída da caixa pra que a mistura (água /água sanitária) ajude a desinfetar os canos de seu estabelecimento. A caixa deve ser limpa de 6 em 6 meses. Sobre o desprezo de toda a água, informamos que existe a necessidade de desprezar toda água. Entre em contato com a vigilância sanitária do seu município para outros detalhes. |
ual o produto (água sanitária ou glutaraldeído) mais indicado para realizar a limpeza de instrumental cirúrgico (antes de ser esterilizado) e de máscaras de nebulização e como, e em quais quantidades, usá-los? |
A ação de desinfetantes (p.ex.:água sanitária e glutaraldeído) em presença de matéria orgânica é incerta e sua utilização prévia à esterilização, como descontaminante, é desaconselhada, além de dispendiosa. O importante é realizar a limpeza de maneira correta utilizando-se EPI adequado e, após, seguir com o procedimento de esterilização ou desinfecção. O procedimento de limpeza consiste de remoção manual da sujidade por meio de ação física aplicada à superfície do material, utilizando detergente, escova e/ou esponja e água. Essa etapa é de extrema importância para se reduzir a quantidade de material biológico e permitir a ação do processo de esterilização. Um ótimo produto para melhorar a qualidade da limpeza e preservar o instrumental cirúrgico é o detergente enzimático, produzido por várias empresas, em diversas marcas. Ele atua em proteínas e gorduras que se depositam e aderem aos materiais, facilitando a limpeza. As máscaras de nebulização podem receber desinfecção, após a limpeza com água e sabão, usando tanto o glutaraldeído quanto o hipoclorito de sódio, dependendo das rotinas do seu serviço. (pnmc) |
Gostaria de saber qual a diferença de álcool a 70% etílico e isopropílico. Qual é para superfície fixa e qual para desinfecção de pele? |
O álcool etílico é um excelente agente viruscida, já o isopropílico não é ativo contra vírus hidrofílicos (ex. echovírus, coxsackevírus). Em geral o isopropílico é considerado mais eficaz contra bactérias e o etílico é mais potente contra vírus. Os dois podem ser usados tanto para pele como para superfícies, o que devemos observar é se o produto tem registro na Anvisa, se está acompanhado do laudo de fabricação e que tenha responsável farmacêutico para a sua avaliação, aquisição e manipulação. O álcool isopropílico, normalmente vem misturado a outro produto (ex. clorohexedine) e, portanto, pode ter uma concentração diferente. Assim sendo é necessário verificar junto ao fabricante, a concentração e indicação de uso para o produto. |
ostaria de saber sobre a padronização da lavagem e desinfecção de endoscópios, haja vista que os exames são realizados nos intervalos de 10 minutos um do outro. E quanto as escovas de lavagem das mãos para pré-operatório, se as mesmas podem ser reesterelizadas com óxido de etileno e por quantas vezes? |
Conforme o Manual de Processamento de Artigos e Superfícies, os endoscópios têm que ser primeiramente submetidos à limpeza com água e detergente enzimático e depois fazer a desinfecção com glutaraldeído a 2% por trinta minutos. Em relação às escovas, se forem descartáveis isto é, de uso único, não podem ser reesterilizadas, tem que ser descartadas.(pnmv) |
ostaria de receber informações a respeito de como realizar a limpeza e desinfecção ambiental da área onde é preparado a nutrição parenteral. |
A limpeza do ambiente pode ser feita com água e sabão, não havendo necessidade de desinfecção, só nos casos de presença de matéria orgânica no ambiente. Dece-se utilizar adequadamente os EPIs e respeitar as técnicas da preparação para que não ocorra contaminação. (pnmv) |
ostaria de obter esclarecimentos sobre a utilização de álcool líquido em procedimentos hospitalares, pois sou responsável pelo laboratório de análises clínicas e estamos tendo posturas contraditórias sobre a aquisição e utilização do material referido acima. |
O álcool líquido pode ser utilizado na desinfecção de artigos não críticos, como mobiliário do paciente, estetoscópio, termômetro. O álcool líquido tem uma efetividade maior que o álcool na forma gel para desinfecção. Pode também ser utilizado para higienização das mãos. Está em vias de publicação a legislação que irá liberar a aquisição do álcool líquido para estabelecimentos de saúde humana e animal. |
ecidimos fazer desinfecção dos balões dos carrinhos de anestesia. Nós sempre fizemos nas traquéias e conexões, embora utilizamos filtros bacterianos. Não encontramos nada falando qual seria o melhor produto para realizar essa desinfecção, pois o material do balão é frágil e de um plástico que facilmente resseca. |
Conforme o "Manual de Processamento de Artigos e Superfícies", do Ministério da Saúde, a desinfecção dos ambús pode ser feita com hipoclorito à 1%, o único problema é na parte mais interna do ambú, sendo necessária uma limpeza detalhada. Realmente os ambús têm uma durabilidade pequena devido ao material e o produto que você utiliza para desinfecção. |
Pode ser usado o álcool iodado como 2ª opção, mesmo não constando na Portaria nº 15? |
As soluções de iodo são indicadas para desinfecção de nível intermediário podendo ser usadas em: estetoscópios, ampolas e vidros, termômetros retal e oral, otoscópio (cabo e cones), laringoscópios, etc. Contudo existe a contra-indicação do uso em metais não resistentes à oxidação, como: cromo, ferro, alumínio e outros, assim como materiais que absorvem o iodo e mancham, como os plásticos. Após a exposição do iodo deve-se removê-lo com fricção de álcool, para evitar os efeitos corrosivos causados principalmente no metal. Sendo assim, consideramos uma melhor opção o uso do álcool a 70%, que você não vai precisar retirá-lo e tem maior praticidade. Outra observação é que existe uma grande quantidade de soluções de iodóforo destinados à anti-sepsia, não sendo indicados para uso como desinfetante. Você poderá fazer a sua opção, os dois podem ser utilizados mais o álcool a 70% é o mais indicado. |
Gostaria de receber as normas de procedimentos de limpeza de endoscópios. |
Conforme o Manual de Processamento de Artigos e Superfícies em estabelecimentos de Saúde, produzido pelo Ministério da Saúde, é padronizado como 1º opção a esterilização em óxido de etileno para materiais com fibra ótica de laparoscopia, artroscopia, ventriculoscopia e coledoscopia e no caso de endoscópios desinfecção de alto nível com glutaraldeído a 2% por 30 minutos, enxaguando com água estéril para alto risco e enxaguando com água potável para médio e baixo risco |
Gostaria de receber informações sobre os procedimentos corretos e uso adequado para limpeza e assepsia de cama hospitalar, colchão hospitalar, sofá-cama em courvin, poltrona em courvin, mesa ginecológica e, assepsia para centro cirúrgico em mesa auxiliar inox, carro maca transferência inox, mesa de mayo inox e banco giratório inox. Quais são os produtos de limpeza corretos para fazer a assepsia dos móveis hospitalares citados acima? |
A Desinfecção deverá ser feita no local onde houver presença de matéria orgânica, seguida de lavagem com água e desinfetante. Os produtos desinfetantes recomendados são aqueles citados na Portaria 15/88. |
As bancadas de inox podem sofrer desinfecção com hipoclorito de sódio a 200 ppm (exemplo: desinfecção das bancadas no setor de nutrição) ou devem ser submetidas a desinfecção por álcool a 70%, por se tratar de superfície metálica? |
O hipoclorito de sódio não é indicado para uso em metais e mármore, pela ação corrosiva. Portanto, aconselho a lavar com água e detergente e realizar desinfecção com álcool a 70%. |
Gostaria de saber se há uma legislação a respeito do uso de HIPOCLORITO DE SÓDIO, no uso de limpeza de chão e materiais de laboratório de analises clinicas e qual é a concentração que deve ser usada. |
A Portaria nº 15/88 é uma referência de legislação relativa ao assunto. Em relação à utilização de hipoclorito em limpeza de superfícies, você pode utilizar 1% de hipoclorito no piso que tenha presença de secreção, excreta, exsudato humano normal ou infectado, fazendo fricção mecânica com esponja, escova ou vassoura |